17.6.09

Defeitos e manias

Esse post de hoje é pra falar de coisas que me incomodam e manias que eu tenho. Algumas engraçadas, outras ficam chatas com o tempo e outras eu ainda nem conheço, pra falar a verdade.

1. Pode parecer engraçadinho no início, mas simplesmente sou uma aficionada por revistas. Todo mês tenho que comprar pelo menos umas 4. Gosto da Gloss, da Boa Forma, da Criativa... Quando sobra uma graninha, vou de Superinteressante. Também compro uma revista especializada em gatos, a segunda maior paixão da minha vida. Até aqui, tudo bem. Na verdade, da mania propriamente dita ainda nem falei: não gosto que ninguém leia as minhas revistas novas antes de mim. Simplesmente não suporto. Parece que me traíram. Sempre pego duas Void's na ESPM, por que sempre tem um colega querendo folhear e eu não consigo dizer não, aí acabo cedendo aquela revista pros colegas lerem e deixarem a minha em paz. Então, a minha fica guardada a sete chaves na pasta ou dentro da bolsa. Novinha e sem orelhas. Aliás, acho que essa mania começou com a minha mãe. Ela pegava minhas revistas pra ler e levava pro banheiro pra ler nos momentos de força - se é que tu me entende. As revistas vinham com orelhas ou úmidas no pé da folha, por que as pessoas têm essa mania irresistível e insuportável de molhar o dedo pra folhear as coisas. Simplesmente odeio.

2. Coloco perfume sempre no mesmo lugar: pescoço, dobras do antebraço, pulsos e atrás dos joelhos, quando posso. Quando era pequena, contava pra todo mundo que colocava perfume até nos olhos. Adoro perfume e meu olfato é tri aguçado - costumo cheirar tudo antes de comer.

3. Sou meio supersticiosa com minhas coisas. Se meu blusão está jogado na frente da TV e eu tenho uma entrevista importantíssima de emprego, deixo ele lá. Vai que meu blusão afete as energias do negócio? É maluco, mas quando é uma coisa muito importante, faço isso. Antes dos jogos do INTER isso também acontece.

4. Uso sempre a mesma fonte para fazer trabalhos, enviar e-mails e até para escrever nesse blog. Sou uma verdadeira fã de Trebuchet MS. Adoro, e tem uma pá de gente que fala que essa fonte já é uma característica minha. Trebuchet MS é sinônimo de Paola.

5. Pego seis livros na biblioteca quando leio no máximo dois. Ok, essa é uma mania feia. Pelo menos eu não jogo lixo no chão nem limpo o nariz na frente das pessoas.

6. Somo todos os números que vejo na minha frente e me divirto tentando procurar alguma lógica nisso. Somo placas de carros, depois diminuo, divido, multiplico... às vezes encontro várias lógicas, outras vezes noto que não tem nada a ver.

7. Pulo as mesmas músicas no iPod. Escuto sempre as mesmas e pulo as mesmas. Aí penso que vou tirar as que não escuto, mas aí eu pularia quais? Não teria músicas para pular, e adoro ficar mexendo em coisinhas quando caminho.

8. Adoro cheiro de livro novo - bom, de cheiro de revista nova eu nem falo. Simplesmente amo.

12.6.09

Namorados e CDL's

Dia dos Namorados. É uma data bacana não só quando você tem um, mas também é bacana espiar como os casais se comportam nesse dia. É incrível perceber como uma data estipulada pelas CDL's do Brasil afeta tanto o comportamento das pessoas. Os restaurantes e os shoppings lotam, os móteis também. Muitas meninas perdem a virgindade com qualquer mané só por que é dia dos namorados. Se eu fosse os caras, ligava pra CDL do meu município e agradecia.

UPDATE: CDL's, my ass! Foi inventada pelo João Dória, publicitário da Standard. Lê aqui, meu bem: http://www.chmkt.com.br/2009/06/dia-dos-namorados-uma-estrategia.html

Conforme você observa, dá pra notar que as coisas continuam as mesmas - só as pessoas ficam com um ares de babaca. Os namorados se chamam de coisinhas engraçadinhas, os apelidos impublicáveis passam a valer e todo mundo forra bem o estômago - aliás, tudo gira em torno da comida, já notaram? Na hora da janta, ou você percebe um distanciamento maluco entre os casais, como se fosse um vidro separando, um vácuo ou algo difícil de assimilar; ou você percebe um certo romantismo barato - e talvez profundo, por que não? Aposto que você já está careca de saber que é uma data comercial, que lá fora - outside, babe - é comemorada dia 14 de fevereiro. Acho que dia dos namorados combina mais com o frio dos trópicos - quer dizer, depende do estado em que você mora, por que né. Enfim. Eu evoluí um pouco na escala dos relacionamentos e estou noiva desde fevereiro. Ainda não surgiram escamas por debaixo das minhas roupas. Não engordei nem emagreci - infelizmente. Depois de quase 6 anos, eu e o Rafa temos muitos planos. E eu acho que a gente já passou por tudo quanto é crise possível em um relacionamento. Explico.

A gente se conheceu no mIRC, canal do Colégio Adventista - aliás, odiava não poder usar brincos por lá, mas enfim. Como ele era OP do Canal, resolvi pedir ajuda pra ele sobre um outro canal que tinham surrupiado de mim, féladapoota. Ele demorou uns 5 minutos pra me responder - puta dum fazido - depois começamos a conversar, e muito. Todos os dias, o tempo todo. Trocamos mensagens animadas no celular, ele ficou preocupado quando eu fiquei doente na praia e, quando eu voltei, pós ano-novo e festas comemorativas da porra, nós resolvemos nos conhecer. O primeiro beijo aconteceu no segundo dia, e foi uma gracinha. Nosso namoro continuou, viu o fim do mIRC e do ICQ, o boom do orkut e o ciúmes que ele poderia trazer, o MSN e outras ferramentas. Depois de 6 dias dos namorados juntos, percebo que esse dia tem pouca coisa de diferente dos outros. Você também acorda com mau hálito, vocês trabalham o dia todo - ou estudam - e depois saem pra jantar-cinema-motel ou jantar-cinema-casa-noite de sexo.

Lembro de um dia dos namorados em especial, quando eu ainda estava solteira, e estourou a "Amor I Love You", da Marisa Monte. Encheram tanto a porra com aquela música que hoje, invariavelmente, penso em dia dos namorados e a minha mente programa aquela música pra tocar na minha cabeça. Odeio. Então, mesmo sendo dia dos namorados, acredite: ele vai ser igual a todos os outros. Se você namora, passe a reparar no comportamento dos outros casais, é muito engraçado! Se você é solteira, chute o balde e saia com os amigos! Só não vale curtir fossa em casa - ou botar Marisa Monte pra tocar, por que né.















A gente não escuta Marisa Monte.

28.5.09

Dilemas da adolescência e o público teen - que viagem!

Como falei no post anterior, tô fazendo um trabalho com meu dupla, o Renato, para um cliente real. Coisas do Click. Nosso cliente precisa se aproximar dos jovens. Jovens entre 13 e 18 anos. Todo mundo tá careca de saber que essa gurizada vive na internet. Para se inspirar, comecei a ler o Tudo de Blog, da Capricho. comecei a ler mais revistinhas teens - não vou negar uma Atrevida se me oferecerem - e a visitar sites de players. Caralho, muito bom o site da Seda Teens, que foi um dos maiores investimentos em mobile marketing do Brasil. Os caras criaram até um celular especial, todo rosinha e com faixas dos NXZero. Coisa linda.

Eis que me deparo com um post muito legal do Tudo de Blog: O que fazer com aquela sua amiga perfeita? Bem, aí li o post da Bruna, coleguinha de ESPM durante alguns anos e agora uma blogueira profí e futura jornalista. Alias, esse é o link do blog. Não acessem só o post das amigas, mas o blog como um todo. Vale a pena.

Bom, o que eu faria com uma amiga perfeita? Obviamente, iria sentir raiva por me considerar um ser mortal perto dela. Querida, ela caga como você. Ela também erra. O problema é todo o imenso iceberg de insegurança existente debaixo de toda aquela prepotência - sim, garanto que ela faz questão de esconder as cagadas e os erros. é mais ou menos como aquele estagiário - sublinhem estagiário - que acabou de entrar na empresa e já se considera um palestrante. Adoro.

Voltando à amiga: eu iria assumir que sou mortal, sim. Essas meninas, como a Bru fala em seu post, são uma farsa. Ninguém é perfeito. Isso não é um clichê, é sério. As pessoas cagam. Não é por que o cabelo dela é mais liso que o seu que ela é melhor. Ela não te conta a parte dos gastos no cabeleireiro, das horinhas a mais de sono perdidas pra deixar o cabelo impecável daquele jeito. Ela acorda mais cedo pra ficar perfeita. Você assume a imperfeição e se diverte mais. Esfrie a cabeça. Ela vai acabar se dando conta disso. E quando você se irritar com tanta perfeição, desconte naquele velho travesseiro. Ou no blog. Ou no diário. E não esqueça que você também pode ser a "amiga perfeita" de alguém. Aliás, essa é a pior parte.


E um viva ao público teen, que eu tanto adoro (cof, cof). Me identifico.

Aprender cansa, viu.

Nossa. Muito tempo sem postar. Bem, digamos que fiquei mais ou menos por um mês e pouco sem conseguir respirar direito. Trabalho, faculdade e click planning aos sábados. Já falo do click planning.

Já percebeu o que é a coisa mais bacana do estágio? Você pode experimentar de tudo - tudo mesmo! - da sua área e ainda assim sair com pouco peso na consciência quando perceber que aquela não é a sua. Tive um breve estágio como atendimento e percebi que não é a minha. Além disso, minhas notas - e meu interesse, diga-se de passagem - pela ESPM despencaram juntos e abraçadinhos. Agora, recém saída do estágio e com tempo livre pra caminhar por aí e fazer todos os trabalhos possíveis e imagináveis, atualizo meu blog. Sim, foi muito complicado.

Agora, complicado mesmo é trabalhar com gente azeda. Puta que pariu, fica uma patada dizer isso virtualmente, mas é muito difícil administrar um relacionamento com uma pessoa assim. Meu desabafo fica por aqui.

Agora, click planning. Meu deus, melhor curso que eu já fiz. Cansativo? Super. Acaba com o sábado? Não acaba, fode com ele inteirinho. Chega 19h e você só quer saber de fugir e se esconder debaixo da cama de solteiro. Agora, as oportunidades que esses cursos podem trazer pra tua vida... São absurdas. Coisas novas que você aprende, contatos, professores que só sabem falar de maionese e xis. É muita novidade, muita informação. Mas dá tempo de computar tudo e ainda procurar por mais coisas por aí. Tá, acabou.

Tive aulas marailhosas até agora, mas, pelo menos pra mim, as melhores foram, sem dúvida, a da Guega Rocha, a do Leandro Tonetto - meu futuro orientador de TCC - , e a do Bruno, que infelizmente eu perdi. Eu sei que, a cada aula que passa, saio com a certeza de que a gente sempre pode aprender mais e se surpreender com as pessoas. Na última aula, do Leandro, falamos sobre o consumidor. Depois, fomos ao Mercado Público, bem no centrão véio, e abordamos as pessoas. Lojistas, consumidores, e muita observação. Pena que eu não levei a minha câmera. Na volta à ESPM, vi que os formandos estavam tirando fotos. Deu frio na barriga, mas voltando. Construímos os valores das pessoas que passavam por lá, tudo com base em Schwartz. Depois, as rodadas de Planejamento.

Enfim, a melhor coisa é sair de lá com o cérebro cheio de novidades, assimilar tudo e perceber que você aprendeu mais um pouquinho - e que parece que o seu cérebro é um saco sem fundo, assim como o seu estômago.


28.4.09

Sutiã e sabão em pó

Já reparou que as mulheres ficaram ainda mais complexas com o tempo? Sim, há algumas décadas atrás, quando o sutiã ainda era derivado de animal, a coisa era simples: você queria um sutiã. Hoje, tem uma infinidade de tamanhos. Tem para a circunferência das suas costas, para o tamanho dos seios. Ah, ainda pode ser sem costura, ou até com costura reforçada para as mais peitudas. Pode ser de tecido so-soft ou de um tecido mais resistente e pinicante do mesmo jeito. Tem circunferência tamanho 38 e peitão? Sem problemas. Tem até adesivo para disfarçar! Inventaram também aqueles sutiãs de silicone que aderem à pele da mulher. Não aparece nada. As alcinhas de silicone você pode aposentar, inclusive elas já são passíveis de mudança. Tem alcinhas de tudo quanto é tipo. Às vezes pra aparecer mesmo. Tem uma variedade infindável de opções. A tendência é que elas aumentem. Ou não.

Essa complicação - ou segmentação, ou customização, ou o diabo a quatro - é facilmente explicada pelo marketing. Chega pertinho do consumidor e oferece, ao pédo ouvido, um serviço ou um produto altamente customizado. Não adianta mais anunciar em TV, revista, jornal. Acabou, já era. Ele quer papinho de vendedor, mas sem aquele hard-sell. A coisa se complicou.

Quer comprar sabão em pó? Quer manter as cores ou deixar a roupa mais macia? Ah, o perfume é mais importante? É pra usar na máquina? Quer um com amaciante? Pode ser também um da nova onda, o orgânico. Tem ainda aquele que não é testado em animais - não duvide, muitos consumidores se importam seriamente com isso. E deixam de comprar! - Tem também aquele que lava mais branco. Chega uma hora em que o consumidor cansa de tudo isso. Ainda não se sabe quando essa hora chega, mas aposto que chega. Ainda vou me deparar com um consumidor enlouquecido gritando com as prateleiras de sabão em pó que só quer alguma coisa que lave as roupas. Pronto, sem complicações.

Quando o menos vai voltar a ser mais? Só não abro mão do sutiã com largura 40 e tamanho 42.

O desconforto da web

Acho que a nova sensação ruim da web 2.0 é você ter que esperar por um e-mail que não chega nunca. Na verdade, mais 2.0 ainda é você esperar por uma twittada que nunca acontece. Como eu ainda não sou um ser tão 2.0, fico com um e-mail. Diretores de Criação, redatores e diretores de arte: eu estou disponível no mercado. Aceito estágio, esmolas e sirvo um cafezinho especial, com canela. Aliás, posso aprender fácil fácil a fazer txai latte.

Não precisam me torturar desse jeito. Ok, parei com as piadinhas.

13.4.09

Como assim, esquecer?

Simplesmente adorei a edição de ontem do Fantástico. Acho a pauta do programa fútil e ultrapassada faz tempo, mas achei a edição de ontem ótima. A parte esportiva tá muito bem comandada pelo Tadeu Schimidt, a Globo comprando os especiais da NBC, etc. Só que o que mais chamou a atenção foi a reportagem sobre a memória.
Você estaria pronto para abrir mão das tristezas, dos maus momentos? Lembra aquela vez que você caiu feio quando era criança? As cicatrizes continuam vivas na testa e no seu hipotálamo esquerdo (?). Naquele dia, você aprendeu que não podia subir no muro olhando tanto para o chão.
Enfim, você teria como aprender isso de outra forma? Como você aprenderia que sair por aí de carro com umas pingas a mais nas costas pode trazer sérias consequências? Só tem uma forma de aprender, meu amigo: errando, se fudendo, tomando nas costas. O aprendizado é baseado na dor. Sem a dor, e sem as lembranças da dor, você viveria batendo a cabeça na parede. Até por que você não se lembraria dos galos, dos hematomas e muito menos das aspirinas. Aliás, nessas férias, li uma superinteressante que eu comprei num balaião que falava das pessoas que sentiam dores extremas, o tempo todo, e as que nunca sentiam dor, eram blindadas a dor.
Imagina perder todos aqueles anos de dor que só a adolescência pode nos trazer? A adolescência traz a dor mais importante, e você aprende com isso. É condicionamento. Somos, na verdade, como grandes ratões, só aprendemos através da dor, da repetição. É cagada em cima de cagada, mas e daí? As lembranças estão aí para ensinar alguma coisa. Vale recorrer ao seu arquivo de experiências para consultar se fazer alguma coisa é certo ou não. Imagina perder tudo isso?
Não é uma apologia à dor das lembranças, mas algumas estão aí pra ensinar mesmo. Não vale a pena abrir mão disso e esquecer tudo. Pelo menos é um lado "poliana" de ver a vida. Só aprendi que não posso colocar a mão no ferro de passar por que um dia eu já coloquei. E já fiz coisa pior, como discutir com colegas por e-mail, fazer trabalho com aquele dolega que nunca faz porra nenhuma e coloquei uma pedra dentro do meu nariz. Esse último, deixa pra lá. Longa história.

1.4.09

Até virar pó

Eternizei meu gato no braço. 3 horas de sangue, agulhadas, barulhos de cigarra e dor como resultado final, além de ver o Woody confortavelmente deitadinho numa gamela no meu braço esquerdo.

Agora preciso fazer os outros 3. Right.

Espelhos e histórias pra boi dormir

Já inventei muita coisa pra não ir à aula. O que mais me privava dos pedidos de "vai, filha, tu aguenta!" era quando eu falava da cólica, da TPM. Inventava essa também para a professora de Educação Física. Tanto que tinha que fazer trabalhos escritos pra recuperar as notas perdidas nas manhãs de vôlei.

Explico. Nunca levei jeito para esportes coletivos. Sempre era uma dasd últimas a ser escolhida, errava a mão no saque e entregava a bola pro time adversário nos jogos de handebol. Não era boa mesmo. Só que eu nunca me esforcei pra parecer com aquela colega que jogava tri bem. Ia de all star (agora converse) e inventava as TPM's. A professora dizia que eu deveria ir ao médico, por que menstruava de duas a quatro vezes por mês.

Quando era mais nova, imitava as caras e bocas que via no cinema. Sabia as falas, os trejeitos dos personagens, os olhares. Tentava me inspirar em alguma coisa pra descobrir como eu seria futuramente. Eu era uma incógnita até pra mim.

Hoje ainda me surpreendo comigo, por que de tanto imitar coisinhas pequenas de cada pessoa, eu acabei me transformando no que sou hoje. Eu tenho um pouco de Melvin Udall, por exemplo. Tenho manias, sou rabugenta e pode se dizer que tenho diarréia verbal. Falo muita merda. Isso eu acho que não peguei de ninguém, sei lá. Sou muito, muito sincera. O problema é que sou muito mais sincera escrevendo do que falando. Falando, me transformo numa gaga incorrigível, a voz fica mais aguda, os olhos não param. O tom de voz fica um pouco mais brando. É mais fácil ser eu quando escrevo. É por esse motivo que o blog existe. É meu ponto de contato com o que eu penso.

Mas a minha voz... Muda.

27.2.09

Saldo de Carnaval

Confesso aqui que nunca fui uma pessoa carnavalesca. Fiz umas coisinhas interessantes, e só uma se aproximou de um carnaval de verdade. Breve flashback:

1. Na sexta: Vi o desfile das escolas de samba de Porto Alegre. Zapeava para a cobertura do carnaval da RedeTV!, classudo, com moças que não paravam de rebolar do lado do Nelson Rubens. Veeeeeja.

2. Sábado: Passei o dia TODO na beira da praia. Não fiquei um camarão por que usei fator 30. Nem parece que fiquei quase 1 mês vivendo na malemolência. À noite fui no centro de Cidreira comprar uns picolés com o Rafa. Cheguei em casa e continuei vendo o maravilhoso (cof, cof) carnaval gaúcho. Como na noite anterior, ficava entre o carnaval de Iris Stefanelli e o Maurício Saraiva falando daquela última passista idiota.

3. Domingo? Praia de manhã, banho de mar e biquíni novo. Um ahazo! De tarde, a maior experiência de todas: levei minha priminha, Mirela, com a minha mãe e a mãe dela também, claro, no Carnaval Infantil da SAPS (não! me recuso a escrever ASAPS!). Chegamos lá e estava tocando Créu. No meio do salão, cidadãos de meio metro requebravam, comandados por uma banda medíocre. Sim, era a banda dos Tios da SAPS! Eu, minha mãe e a Denise nos olhamos. A tarde seria longa. Banho de espuma, desfile de fantasias onde o prêmio era a coroa da filha da presidente da SAPS (a mulher TIROU a coroa da cabeça da filha e a cria ficou braba, saiu chorando e era isso, pessoal) e um monte de netos e bisnetos dos diretores do clube. Contrariando minha cara de "MARMELADA", quem ganhou? Mirela, fantasiada de Princesa Aurora - inventamos o nome na hora.
De noite eu já estava exausta. Compramos mais picolés no centro de Cidreira e era isso.

4. Segunda: Choveu. Muito. Cocei o dia todo. No final do dia, fui no centro com a mãe e o Rafa e comemos uma taçona de sorvete cada um (desculpaê, Balduíno, mas nesse dia a dieta ficou em segundo plano). Em casa, assisti ao Carnaval do Rio e não entendi bulhufas dos enredos. Só achei que a Salgueiro era a mais bonita, mesmo preferindo a Viradouro.

5. Terça: Gala Gay de noite. Muuuitas risadas. Nesse dia choveu também.


Saldo do feriado

umas gramas a mais, um cômoro embaixo da unha do meu dedão e uma torsão no tornozelo pela minha síndrome de atleta de final de semana jogando frescobol. Deu merda, mas foi de chorar de rir.

26.2.09

Moleza e malemolência

Fora da Job&Hervé, aproveitei as minhas férias de fevereiro em Salinas. Depois de quase ter me transformado numa marisqueira de Três Irmãs, volto para Porto Alegre amanhã. Aliviada, descansada, com as baterias recarregadas, cheia de moleza e malemolência que só a praia é capaz de trazer pra vida das pessoas.

Acho que ainda fico uns dias assim. Quer dizer, isso até a primeira ida ao centro de Porto Alegre.

Sabe o que eu procuro? Critérios. Profissionalmente falando. Quero ter horário de bancária talvez. Ou liberdade o suficiente pra trabalhar em casa e dar uma corridinha no final da manhã, antes do batente. Quero ser sincera, opinar, ajudar. Sinceridade pode ser malvista em alguns lugares. My ass.

Talvez a segunda opção eu consiga, a primeira é difícil. Não me disseram que a vida de publicitária era tão... árdua, digamos. Brincadeira, me disseram isso na primeira aula do primeiro semestre. Eu ri, tremendo.

.........
Novelas do Manoel Carlos, o maneco. Tem José Mayer martelando a mulherada geral, Bossa Nova, diálogos falsos de recrutadores de RH. As pessoas falam do jeito certo, riem de piadas ridículas, não falam palavrões. Chatice. Espero que as pessoas não acreditem que o Rio de Janeiro seja tão malemolente. Se for assim, porre. O funk salva as pessoas? Não, mas endurece um pouco a vida e os costumes. Márcio Garcia não cola como indiano Dalit. Cola como garotão (não sei até quando) carioca e faça bom proveito. Não é um cara tão poético pra colocarem numa novela do Maneco.

Por que a televisão é tão ridícula?