31.7.08

A merda do presente

Ela estava na Renner. Aquela da Otávio Rocha, onde a seção de lingeries é embaixo de tudo. Embaixo é junto e em cima é separado. É que em cima as coisas são mais complicadas mesmo. Mas, por quê? Por que é, oras. Assim ela aprendeu.
Ela queria trocar um presente. Era uma calcinha de R$ 5,90. Ela achou uma meia. Soquete. Aquelas que tu veste no pé com um tênis e em seguida tá na ponta dos teus dedos. Não dava.

Por que diabos as pessoas dão coisas que não tem nada a ver com os "presenteados"? Aquela coisa do "pra não ficar chato". Vou lá e compro uma meia de dois pilas pro cidadão. Ele vai usar duas vezes e vai dar pra mãe. A meia, não a bunda.

Por que uma parte de escadas rolante e uma parte só de escadas "de subir"? Além de trocar uma calcinha de algodão discutível, ela teria que trocar as pernas até subir à merda do crediário. A essa altura não era mais crediário, era merda mesmo.

Trocou por um vale. Que trocou por um brinco. De plaquê. Dourado até demais. A pior coisa é trocar um presente de algodão discutível por outro pior. Não se esquece o primeiro ou o segundo, a data ou a porcaria da pessoa que te deu aquela merda.

Tudo vira bosta.

Nenhum comentário: