19.12.08

Vazio.

Sabe vazio de final de ano?

Tu compra, compra: é amigo secreto aqui, é ali, é família, fica chato não dar presente do beltrano. Compra um vestido, uma blusinha, uma calça. Gasta mais do que pode. Tá, e aí? Tu te sente melhor?

Te acalma, em pouco menos de 7 dias acaba tudo. Take it easy.

Nem quero falar mais. Quero férias, urgente.

7.10.08

Pipocas

Aconteceu uma coisa curiosa. Passo todos os dias - quer dizer, nem todos - pela praça Dom Feliciano, sabe, ali pertinho da Santa Casa, em frente a uma loja de produtos para diabéticos. Aquela lojinha é muito boa, mas não quero falar da lojinha não.

Sabe pipoca gostosa? Daquelas de encher as mãos e doer as unhas roídas por causa do sal? Então. Tem uma carrocinha de pipocas ali. O senhor é pouco simpático, aceita vale-transporte e a sua mãe parcelada, mas a pipoca... Como adoro pipoca, comi outra vez a de um cara da Salgado Filho. E descobri que a pipoca dele tem o mesmo sabor de infância da pipoca do tiozinho que eu conheço. Entretanto, o tiozinho vende três vezes mais o que o cara humilda da Salgado vende.

O Tiozinho, pasmem, conta com um aliado. Se venta no centro, ele vende mais. Pode ter certeza disso. Meu amigo pouco simpático fica na frente do vento encanado, aquele que enche as nossas avós de medo. Se venta no centro de Porto Alegre, o tiozinho vende mais pipocas. Acho que é o pipoqueiro mais rico e feliz que eu conheço. Do seu modo, claro.

Acho que cada um é feliz do seu modo. Eu posso ser feliz até estressada, por que eu me reconheço naquele estresse, ele faz parte da minha vida, e sem ele, ficaria ainda mais estressada. Tenho minhas manias. Detesto caminhar no centro. Sigo atropelando as vozinhas e desviando dos desavisados e calmos. Eu tenho uma pressa que carrego comigo, assim como o tiozinho carrega uma felicidade quase que infantil. Eu não sei se me conheceria sem a minha pressa e as minhas manias cotidianas. Se ela, eu seria quase uma Sandy, um doce de candura. Eu não mandaria o fulano da frente "se fuder" se eu não tivesse meu estresse corriqueiro.

Não seria eu se não desviasse das pessoas, se não dissesse "Puta que pariu, imagina essa véia no trânsito!", se não me indignasse com o lixo que anda aquilo lá. Acima de tudo, eu gostava de andar no centro aos sábados. Ia de pet em pet acarinhar os bichinhos que nunca foram vendidos, ou que foram, ou que já estão nas ruas de novo. Hoje, nem cogito passar por lá nos finais de semana. O centro ainda tem muito o que melhorar, a começar pelo trânsito. Quem tem que passar pelo centro pra ir pra casa/escola/faculdade sabe o inferno de passar pela esquina democrática em plenas 19h.

Me desviei do assunto, queria falar do dia da criança e deu no que deu. Filmes mais legais da minha infância:

1. Labirinto - A Magia do Tempo. Joga no Google e repara na Jennifer Connely virgem e no David Bowie de mullets. A trilha é boa e o filme tem cara de "Neverending Story". Detalhe: poço do fedor eterno. Só o nome já me faz rir.

2. Os Muppets conquistam Nova Iorque. Escrevi abrasileirado mesmo. A historinha é uma graça e o filme tem Caco e cia virando Manhattan de cabeça pra baixo.

3. História sem Fim II. Sei lá, acho o II mais legal. O primeiro tem aquela cena triste do cavalo. Tá, coloca os dois na lista então. Esse filme é todo brilhoso, todo prata.

4. Quero ser Grande. Ah, pára, um dos filmes mais legais que eu já vi. Tentaram refilmar com a Jennifer Garner nos anos 2000 e quase deu merda. O destaque do último é quanto a trilha sonora, muito boa. Garner até tinha umas tiradinhas engraçadas, mas pô, nada se compara ao guri Tom Hanks.

5. Cheque em Branco. Clássico da Sessão da Tarde. Tinha um alemão sardentinho que roubava um cheque em branco de um ladrão de verdade. Ele preenche o cheque com um milhão de dólares e compra várias coisas que, jura, né. Destaque para o "Macintosh" da época. Filminho bem bom.

Plus: Patricinhas de Beverly Hills. Amava a cena do roupeiro, e muito repeti o que a Alicia Silverstone dizia em cena. A fala do Monet é clássica. Sem esquecer da trilha sonora, do moreninho de olhos azuis que era meio-irmão dela... Ah, o velho Paul Rudd.

Plus2: Curtindo a Vida Adoidado. O Inspetor Bugiganga antes de se juntar com a Carrie. E a mocinha do Dirty Dancing antes da cirurgia no nariz. A irmã do Ferris é a Baby do Dirty Dancing, man. Não esqueci de Mulher Nota Mil também, nem de Pretty Woman. Julia Roberts de vagabunda é luxo.

Por que eles não fazem uma sessão da tarde para os oitentistas? Seria tão melhor... O que essas crianças vão ver, pokémon? High School Musical ou, pior, Rebelde? Talvez assistam Barbie e o Quebra-Nozes... Lixo!

Tá, acabei.

5.8.08

Lógica.

Ontem, passando pela João Pessoa, vi uma pichação.

VIVA O 8 DE MARÇO!
FORA ARACRUZ!

Para mim, foi tão lógico quanto:

Viva a heróica resistência iraquiana!
Fora Dunga!

ou

Viva ao dia das mães!
Fora Eurico Miranda!


Enfim.

31.7.08

A merda do presente

Ela estava na Renner. Aquela da Otávio Rocha, onde a seção de lingeries é embaixo de tudo. Embaixo é junto e em cima é separado. É que em cima as coisas são mais complicadas mesmo. Mas, por quê? Por que é, oras. Assim ela aprendeu.
Ela queria trocar um presente. Era uma calcinha de R$ 5,90. Ela achou uma meia. Soquete. Aquelas que tu veste no pé com um tênis e em seguida tá na ponta dos teus dedos. Não dava.

Por que diabos as pessoas dão coisas que não tem nada a ver com os "presenteados"? Aquela coisa do "pra não ficar chato". Vou lá e compro uma meia de dois pilas pro cidadão. Ele vai usar duas vezes e vai dar pra mãe. A meia, não a bunda.

Por que uma parte de escadas rolante e uma parte só de escadas "de subir"? Além de trocar uma calcinha de algodão discutível, ela teria que trocar as pernas até subir à merda do crediário. A essa altura não era mais crediário, era merda mesmo.

Trocou por um vale. Que trocou por um brinco. De plaquê. Dourado até demais. A pior coisa é trocar um presente de algodão discutível por outro pior. Não se esquece o primeiro ou o segundo, a data ou a porcaria da pessoa que te deu aquela merda.

Tudo vira bosta.

28.7.08

Post de segunda

Segunda brochante. E eu tenho louça pra lavar, pé para fazer e médico para visitar. Duas coisas eu deixo para amanhã, uma precisa ser hoje.

Cadê a revistinha da Coquetel?

Não me culpa pela falta de criatividade. Acordei faz pouquinho, a boca tá seca e as mãos, geladas.

23.7.08

Agora sim. Sobre o Batman.

Falemos sinceramente: eu sei que você já viu "O Silêncio dos Inocentes". Sei que você achava que o Jack Nicholson de "O Iluminado" era o melhor vilão de todos os tempos. Você também achou o psycokiller de "Onde os Fracos não têm Vez" genial, aquele esquema da arma de ar e tudo. Hannibal era o seu senhor vilão. Jack Nicholson era a fronteira. Alex, de "Laranja Mecânica", era o cara mais anarquista que você já viu nas telonas - ok, se você tem menos de 25 anos, telinhas. O Diabo de Constantine foi "bem bolado", com aquela roupa branca e aquela aura de Deus, descendo dos ceús com os pés sujos de "algo-que-lembra-lava".

Esqueça tudo. Batman - The Dark Knight é um pesadelo. Não leve seus sobrinhos ou priminhos para assistir. Eles vão chorar com a mágica do lápis. E, se você ainda contar que o Coringa morreu, eles vão se sentir mais ou menos como eu me senti quanto vi "Polthergeist III" e soube que a Heather O'Rourke morreu (a Caroline, lembrou?). Na verdade, o Batman nem aparece. O Batman sumiu, aperte os cintos. Esse não é um filme de heróis, mas um filme sádico, do anti-herói. É o filme dos queimadores de dinheiro, dos terroristas, da loucura inteligente (existe isso?). Não sente perto das caixas de som, o barulho das bazucas, explosões e a trilha do Coringa de Ledger: uma buzina que começa, baixinha. O Batman é um quase-emo.

O filme é baseado na "A Piada Mortal", lançada em 1988. A piada contada pelo Coringa fala de dois loucos que querem fugir de um hospício. Um deles, foge e oferece ajuda para o outro fazer o mesmo através de um feixe de luz de uma lanterna, por onde ele atravessaria para o prédio ao lado. O louco se recusa, questionando se o amigo não apagará a lanterna no meio do trajeto. Essa piada é uma metáfora que se encaixa perfeitamente para os dois personagens: dois loucos que resolveram utilizar máscaras para evitar encarar a realidade dura de "um dia ruim", mas que, um deles, tenta escapar da insanidade através de seus próprios meios, enquanto o outro se recusa a sair dela.

Com o andar do filme, você acaba percebendo que seria inevitável Ledger não encarnar no Coringa. Ele emprestou ao palhaço mortal uma loucura e uma expressão que Nicholson não conseguiu. Ele empresta tiques, caras, jeitos de mexer a boca. É uma coisa tão maníaca que você ri com as loucuras. Ele, vestido de enfermeira conversando com Harvey "Duas-Caras" Dent - aliás, muito bem interpretado pelo ótimo Aaron Eckhaart - pouco antes de o Hospital de Gotham voar pelos ares, é uma das cenas impagáveis do filme.

Assisti sexta, sessão das 21h30 do GNC Praia de Belas. Fui para a fila com uma hora de antecedência. Tinha mais de 100 pessoas na minha frente. Comprei pipoca, outras guloseimas e sentei, nem tão confortavelmente, em uma das fedidas poltronas da sala 3, o maior cinema do Praia de Belas. Essa seção estava ótima, as pessoas aplaudiram na primeira e na última cena de Ledger, uma forma de homenagear o ator. Ironicamente, Ledger perdeu a vida antes de colocar o quase-certo Oscar que vai receber da Academia debaixo do braço.

Mas aviso: o filme é marcado pelo pesadelo da quase-insanidade. É a cara que Heath Ledger deixou, é a impressão que fica a cada cena do Coringa. Ninguém disse que a piada seria feliz, ou boa. No caso dele, ela realmente foi mortal. Foi o preço que ele pagou por ver como o Coringa via. Para isso os remédios, os calmantes. Ele não agüentou. A Heather O'Rourke também não agüentou. A Caroline escutava o maldito padre quando dormia. A Caroline morreu com a Heather. Um pedacinho do Coringa que a gente gostou também se foi com Ledger.

O Coringa de Ledger vai ficar para a história. Bem que o Jack Nicholson avisou.

Como fazer uma pessoa odiar cinema

Faça assim. Vá no Praia de Belas, num dia quente-mas-com-um-puta-vento. Ah, não esqueça de aparecer por lá numa terça-feira, o dia do descontão. Vá com fome, muita fome. Procure assistir o filme que estreou mundialmente sexta-feira e que bateu recordes em vários países. Chegue tarde, tipo 15 minutos antes do início do filme. Sente atrás de uma turminha de adolescentes de, no máximo, 16 anos. Assista, apavorada, o festival de gritinhos, sacudidelas de Tic-Tac (sim, as balinhas de duas calorias) e pés em cima dos bancos. Assista ao filme na lateral do cinema, bem próxima à parede. Fique surda. Coma pipoca e depois coloque metade fora, por que você comprou aquele pacotão imenso de olho grande.
Fique com os joelhos roxos e doídos por que a pessoa que senta na sua frente tem uma pulga na virilha. Quanto mais ela se debate, mais seu joelho dói. Assista o filme com pessoas idiotas, que não riem das partes engraçadas e que choram com o incompreensível.

E depois, vá embora com a sua mãe, que não pára de falar um monte de coisas, que vocês deveriam ter voltado por outro caminho, que o filme nem era tão bom. Na verdade, você sabe que ela só não entendeu.

15.7.08

Pescoço de fora, doces de corpo e rotinas.

E um microverão, pra deixar os pescoços de fora. Será que dura?

Se levarmos em conta que tudo é efêmero demais, a campanha do "Todo Dia", da Natura, é velha. Mas como sou chegada em velhices e ainda não tinha comentado sobre o texto daquele comercial, chega a hora. Particularmente, tenho que concordar com os caras: algumas rotinas são gostosas demais.
Gosto de chegar em casa, tomar um banho "pelando", colocar aquela camiseta velha toda manchada de tinta de cabelo e deitar nos lençóis limpinhos. Se eu conseguir ler nesse meio tempo, ainda melhor.

Essas férias da ESPM deixam qualquer um nas novens. Primeiro por que a ESPM altera o teu humor. Cidadão mal pronuncia o "E" da maldita e você já se coça. Final de semestre, então. Peraí que acabou de sair uma bolinha no meu braço. Pronto.

Voltamos à Natura. Para começar falando só dos produtos: é só reparar nos nomes dos creminhos, sabonetinhos e frescurinhas. É merengue de morango pra cá, suspiro de limão pra lá, mousse de abacaxi, delícia de cardamomo [tá, inventei essa]. As embalagens já te lembram culinária: garrafas de leite e suco, bisnagas de confeiteiro etc. Li, uma vez, que usar cremes, sabonetes e assemelhados com esse tipo de "apelo" ajuda a controlar a compulsividade por doces. Sei não.

Genial mesmo foi escutar "A rotina do espelho é oposto". Chamei Darci Pacheco pra reerguer meu queixo. Nome da agência: Taterka. Hm.

30.6.08

E continua.

Não adianta. Ah, fiquei todo esse tempo sem dar as caras por que estava enlouquecida por causa das provas terríveis, dos trabalhos estressantes e dos colegas esquecidos.

Prometo mostrar mais minha cara por aqui. Juro, aliás.

E sim, o sol está em câncer e tudo faz sentido.

23.4.08

Promoções, infância e bobeira

A nova promoção da Via Uno "Amei, quero um!" é mais uma dessas que te fazem indicar uma porrada de gente pra concorrer com aqueles loucos que simplesmente recrutam todos os amigos do orkut/msn e assemelhados a participar. O prêmio: um par de sapatos da estação - nossa, parece fruta desse jeito. Ou melhor, um não: 18. Por que não 20?

Eu, com a minha modesta rede de amigos de indicações, somo uns 10 contatos. Confirmados eu não sei. Será que esse tipo de promoção ainda funciona? Acho isso tão sem criatividade. Tão Faustão.

Dia perfeito pra ficar vendo Sessão da Tarde debaixo das cobertas. Melhor ainda se passasse o Labirinto ou Rain Man. Aí sim. Só faltaria o Cebolitos. Bah, muito anos 80 tudo isso. É normal pensar que a infância da gente é sempre melhor do que as outras? Eu não sei se seria uma criança feliz assistindo Rebelde. Seria mais feliz bebendo refri com os óculos do Chaves, lendo gibi da Turma da Mônica e assistindo aos Muppets Babies.

Sei lá, também. Espero que a infância não piore mais do que já está.

22.4.08

Sedated?

Já fez endoscopia?

De longe, é uma das melhores experiências hipocondríacas da minha vida. Todo aquele ritual, sabe. Sedação é bacana. O problema é que a sedação, pelo menos ortograficamente, confunde uma pá de gente.

Eu só mandava bem em Português na escola. E só. No máximo, em História. Era do tipo que sabia que era daquele jeito, mas não sabia explicar. Era intuitivo. Português, ortografia e gramática são intuitivos. Ninguém anda com uma gramática debaixo do braço. Outra coisa: incrível como os próprios profesores amedrontam seus alunos em relação a Matemática. E mais incrível ainda é como isso parece menor quando você sai da escola.

Aliás, já ia falar [ou escrever, outro vício] colégio, mas ia parecer vício de gaúcho bairrista. Venho tentando me adaptar aos diversos "léxicos" de cada microcultura do Brasil.
Entendeu? Não? Explico.
Me pego falando "leite quente", não "lêiti quênti". No momento, é o único exemplo que me vem à cabeça.

Enfim, a coisa parece tão assustadora na infância que você acaba pegando nojo. E sou meio freudiana, acredito que tudo, todas as percepções, sejam elas boas ou ruins, vêm da infância. Bato pé com isso.

13.4.08

Eles, os links!

- Completamente Louco, ItaúVida. Nizan Guanaes e Marcello Serpa

- Andróide, Johnny Walker.

- Audi. Lindo, visto em aula.

- Formiguinhas, Philco.

- Ford Ka, dos monstrinhos. É recente.

- Cofap. Viu como é bom bater um papo com seu cliente?

Inverno e outras coisas.

Muita coisa pra falar.

Primeiro: Acho que o inverno definitivamente chegou. Adorei o sábado e o domingo. Acordei, no domingo, e vi o Adriano dando uma de garçom para o Alex. Perdi o andamento do jogo, mas não o gol. Adouro.

Segundo: Vi um anúncio ótimo que usava a troca da vírgula como argumentação. Depois dessa, juro que fazer um texto daqueles moldes - sem "chupar", claro - é minha resolução de redatora.

Terceiro: Vimos tanto sobre o viral da Laka - antigo já - que não consigo ver um chocolate branco sem babar . Assim complica. Ah, os trabalhos estão recém começando e com eles, o estresse. Mídia e o Publi já me descabelaram.

Quarto: E aquela ação da DCS pro Suco "com gominho e com carinho"? Pra quem não viu, embalaram a ZH de quarta passada naqueles velhos saquinhos de embalar laranja que você usava para pescar na praia [mas eu devolvia os peixinhos para o mar]. Cheguei a guardar. Os caras estão explorando o totalmente caseiro da Minute Maid, da Coca.

Vídeos. Preciso linkar um antigo aqui, mas que, para mim, é um dos melhores utilizando emoção. Emocionou milhões e ganhou o Profissionais do Ano. Como não encontrei o link, segue trecho:

"Só mesmo um louco pra ter um filho. Ele vai roubar sua mulher, suas noites de sono e mesmo assim você vai ser completamente louco por ele. ITAÚ VIDA, QUEM É LOUCO POR ALGUÉM FAZ"

Me despeço dizendo que cortei o cabelo e ainda não consegui me acostumar com o corte. Ai.

1.4.08

Talvez, e um bocado de consciência.

Talvez não exista blog mais desatualizado que o meu. Twitter, então. Ah, atualizei hoje. Tá, faz de conta que todo mundo me lê.

Entretanto, tenho certeza que eu mereço perdão.
[momento de pedir perdão para o leitor imaginário].

Minha "vida" - ou rotina, como quiser, sofreu uma porrilhada de modificações nesses dias. Primeiro: abandonei o estágio. Descobri a diferença entre ter um emprego e começar a ter uma carreira. Estagio como redatora jr na co.de. Tem sido um deleite pra mim, esse aprendizado, digamos. Pessoas legais, trabalhos legais, enfim. Vou trabalhar por prazer [ui, dúbio]. Descobrir uma coisa que gosta, a essa altura do campeonato, é mais ou menos como achar um coleguinha legal no Jardim A-B. Tudo muda. Tu-do.

A outra parte legal - e mais recente: adotamos uma gatinha. Vi que consciência não é um chip que nasce com a pessoa. É desenvolvida. Pessoas que tu imagina serem inconscientes segundo tuas "éticas", acabam mostrando-se sensíveis quanto a problemas que interessam. Praticamente jogaram a gatinha de dois meses nos pátios do condomínio. O engraçado é que esse problema sempre me atingiu de maneira cavalar, mesmo. Meu pai foi lá e pegou a gata. Bem, acho ela chata de galocha - mia demais, adora colo demais. Primeiro gato que pede colo - pelo menos que eu tenha visto.

A parte chata: meu tio faleceu. AVC, sabe. Foi um dia de observações. Observei rituais malucos, as falas mecanizadas das pessoas, os 'pêsames' sem aquela dor verdadeira. O problema é que tudo passa e as pessoas voltam a ser as mesmas: dali a dois dias todo mundo te odeia novamente. Aconteceu comigo.



Comprei o livro da Starbucks que eu tanto queria. É um deleite. Quero "A Casa dos Budas Ditosos". E sempre quero alguma coisa.

11.3.08

No Air

O novo notebook da Apple, MacBook Air, tido como o laptop mais fino do mercado, tem causado confusão entre os profissionais da TSA, agência que cuida da segurança em aeroportos americanos. Eles consideram o aparelho fino demais, suspeitam que seja falso e esteja, por exemplo, carregado de explosivos.

De acordo com o site Engadget, o dono de um Air teria passado por um longo interrogatório após o notebook ter sido detectado pelo scanner do aeroporto. O interrogatório aconteceu porque os seguranças ficaram em dúvida: aquilo tão fino era, realmente, um notebook? Além disso, o aparelho não possui drive ou portar conectoras na parte traseira, o que aumentou ainda mais a desconfiança dos agentes.
O passageiro perdeu seu vôo: enquando tentava explicar aos seguranças que sim, o Air é um notebook de verdade, o avião decolou - no horário. O problema terminou quando outro segurança conseguiu explicar em termos simples o que era um SSD (o dispositivo de armazenamento utilizado pelo Air), de acordo com o site The Inquirer.
As bombas também tomaram coscarque? Ótimo.

Chumaço

Preparando o portfólio para concorrer à duas vagas para redatores jr. Yeah, Co.De. Torço pra que dê tudo certo.
Parece que tem um chumaço de algodão ocupando meu cérebro. Isso, no lugar dos miolos e dos pensamentos. O branco começa a surgir, devagarzinho.
Vento, pessoal. Vento no Rio Grande. Finalmente. Acho que o calor ajudou muito no desenvolvimento desse algodão gigante que ocupa todo o lugar em que deveriam constar idéias e pensamentos. Mifú!
É estranho. Chega um momento, na vida universitária de quem cursa Publicidade, que você precisa escolher entre Criação e Marketing. Entre ter um emprego ou uma carreira. Eu optei pelo sofrimento e pela carreira. Sim, é Criação. Não, não vi fogos de artifício nem nada do gênero.

Austrália: mulher esmurra cobra para salvar gato

Uma australiana salvou seu filhote de gato de uma píton, uma das maiores cobras do mundo, dando murros no animal. Ruth Butterworth, 58 anos, de Brisbane, quebrou o pulso e sofreu duas mordidas, mas conseguiu tirar Tuffy da boca do predador, segundo o diário online Metro.

A mesma píton havia devorado um dos gatos de Ruth alguns dias antes. "Eu simplesmente comecei a bater na parte mais grossa do corpo dela, que era do tamanho do meu braço. Eu continuei esmurrando até ela ir embora" - disse a australiana.
Ela afirma que notou a silhueta negra da serpente se aproximar da casa. Tuffy, seu gatinho, brincava em frente a um muro e não respondia aos chamados da dona quando a cobra deu o bote. Ruth declarou que só percebeu que havia quebrado o pulso e levado duas mordidas quando o filhote estava salvo.


Preciso lavar meu rosto.

6.3.08

mandíbula?

Deslocamento de mandíbula. Já ouviu falar? Então. Sábado, isso, sábado foi o dia exato. Aconteceu quando eu tava falando, sabe. Bem besta. Ontem eu mal conseguia abrir a boca. Perdi uma puta aula de Finanças. Heh.

Me mandei pro dentista, no centro. E, sim, ele não podia fazer nada. Tô tomando antinflamatório. Lindo. Mal consigo mastigar. Só queria purê. Bem bicha.

Hoje acordei melhor, graças.

O mais pesado dessa primeira semana de trampo é a saudade dos meus gatos. Tenho dois, o Woody e o Dimitri. Dois exóticos ponteados. O Woody é um gentleman de 9 anos: calmo, tranqüilo até demais, brincalhão, carinhoso e companheiro. Qualquer coisa altera o humor dele. Inclui aí o Dimitri. O Woody, se fosse 'pessoa', seria um cara fã de Pink Floyd, maconheirão brabo, louco por incenso. Woody é totalmente anos 70. A-do-ra frango e Whiskas Sachê, vulgo 'papá-de-domingo'. Tem chiliques por água de torneira.

Já o Dimi-Dimi tem 2 anos. É o garanhão da casa. Extremamente assustado - tem um trauma, que desconhecíamos, de sacos de lixo e de barulhos. Quando era menor, 'escalava' a parte debaixo das camas. Mordia as orelhas do Woody, as costas, as patas. Achava que as nossas mãos eram órgãos sexuais. Quando acordo, ele sobe em cima da cama como se falasse 'bom dia'. Extremamente carinhoso. Deita no chão em forma de parafuso. Morre de medo de bandeiras, sacolas e estranhos. Odeia abelhas. Ama baratas. Gosta de água gelada.

Esses dois simbolizam a graça. o sorriso dos meus finais de semana.

Segurando-as-lágrimas.

5.3.08

Rotina nova

Yeah! Comecei a trabalhar essa semana, no mesmo dia em que as aulas na ESPM recomeçaram. Achei que ia ser terrível, mas não, bem tranqüilo, pelo menos até agora, né.

É tão engraçado esse recomeço. As pessoas se abraçam, todo mundo ri, os professores ainda não são malas. Mentira: alguns são desde o início. Vi uma porrada de gente usando franja, umas mais avançadas, gente que engordou, gente que emagreceu. Mudaram a decoração do bar para um lance italiano-brega, deixaram de entregar os programas das disciplinas. E os materiais então, hein? Eu, pelo menos, pareço criança frente à essas novidades. Gosto de ter tudo novo: canetas, lapiseiras, folhas. Coisa de aluno de quinta série. Adouro.

Assuntos Emergentes é legal [não, a concordância não tá errada: Assuntos Emergentes é o nome de uma 'cadeira']. O foco desse semestre é Comunicação Digital. Massa. Ainda não vi as outras, mas já tem como ter uma noção: finanças só pode ser péssima. Não existe outra possibilidade.

Saudade do café com leite da minha vó.


Me nego
a falar de Big Brother. Só isso. Heh. Não torço pra mais ninguém. Aliás, vejo muita coisa 'humana' no BBB. Por que, pensem, as pessoas falam do programa como se fosse algo fora do normal, um planeta à parte. Quem nunca fingiu ser outra coisa, ou nunca fez média? O papo de 'ser eu mesmo' cai por terra: eu posso ser várias. Depende das variáveis [redundante, não?]. Por isso é tão legal: deve ser insuportável conviver com pessoas que tu nunca viu antes, com personalidades tão diferentes da tua, com manias tão distintas...
Agora, não seria ratinho de laboratório nem-'fornicando'. BBB é laboratório de Psicologia. Os 14 participantes não passam de meros ratos brancos passando por experimentos. Como li uma certa vez, povo-gado.

O-k. Vou torcer pro Emo. Podem me espancar, caso queiram. Nem ligo. Vou ali escutar Dance of Days pra 'entrar-no-clima'. Heh.

29.2.08

Anos 20? Yeah!

Ir no centro é sempre uma experiência. Fecho aqui por que normalmente é uma péssima experiência. E ir num dia de chuva? Quando cheguei, queria ter aquela ferramenta flashback dos Normais pra poder voltar atrás e me aconchegar nas cobertas. Claro, cobertinha fina com ar condicionado.

Fui na C&A. O catálogo deles de inverno é fantástico! As produções foram baseadas na moda étnica, enfatizando a China e o Japão. As roupitchas anos 20 também são lindas. Os acessórios são predominantemente em acrílico, muito vermelho, preto, roxo... Claro que experimentei um casaco e um vestidinho jeans. Tudo bem que as modelagens serão mais, digamos, amplas, mas estranhei bastante. Ainda mais depois da avalanche skinny. Capaz.

Centro hoje: gente mal educada de sombrinha embaixo das marquises, uma pá de veinhas estacionando no meio da rua total do-nada. Por favor, tire a sua avó do Centro. Obrigada, beijo!

Em dias assim, vá de chinelinho. Mui melhor. Mas, sinceramente, ainda não sei o que eu fui fazer lá.

Ontem, antes de dormir, tive vários lapsos do que poderia escrever. Rá. Magicamente, todos sumiram. Não, não eram geniais. Enjôo freqüentemente do que escrevo. Quando leio, depois de algum tempo, acho ridículo, infantil, incoerente. Aí, não leio mesmo, ora.

BBB8: Tá ficando chato já. Nem sei mais pra quem eu torço. Gostava da Thalita. Pronto-falei.

28.2.08

O começo

A nova lida. Começando a tocar essa budega. Dizem que sempre começa tosco, né. Vou olhar daqui uns anos e "miacabar". Tá, deu.